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A universitária Juliana Bardella, que mora em Botucatu (SP), levou um susto quando precisou ser internada às pressas em um hospital de São Paulo. Ela vinha apresentando nos últimos dias sintomas como fortes dores de cabeça e incapacidade de executar tarefas simples do dia a dia, como comer e ir ao banheiro. Após uma ressonância magnética, veio o diagnóstico: trombose venosa cerebral, causada por uso de pílula anticoncepcional.
Após receber alta e recuperada do susto, a jovem fez um post no Facebook em que conta o drama que viveu e faz um alerta às mulheres que usam esse tipo de medicamento. Publicado na terça-feira (2), o post viralizou e já acumula 80 mil curtidas e comentários, número que sobe a cada segundo. Seu relato já foi compartilhado mais de 20 mil vezes.
A universitária, que cursa medicina veterinária na Unesp de Botucatu, relata que tudo começou com uma dor de cabeça, que “foi aumentando gradativamente durante três semanas, até ficar insuportável.”
Ela procurou o hospital da cidade, onde a médica receitou analgésicos. Dois dias depois, percebeu que a perna e os braços demoravam para obeceder um comando.
A jovem resolveu faltar à aula e esperar que aquilo, que acreditava ser apenas um mal estarm passasse. “Alguns minutos depois peguei o celular para fazer uma ligação, mas foi muito difícil, fiquei muito tempo olhando para a tela sem saber o que fazer, como se tivesse esquecido como manusear um telefone. Deixei o celular de lado e fui ao banheiro, e para o meu maior desespero não sabia mais usar o banheiro, fiquei olhando pela porta e não sabia mais por onde começar, como isso era possível?”, escreve.
Após ligar para os pais, com ajuda de amigas, ela foi levada para um hospital em São Paulo, onde fez os exames que confirmaram o quadro de trombose. “Foi um choque, não consegui entender bem o que estava acontecendo, o médico me perguntou se eu tomava anticoncepcional, eu disse que sim, há cinco anos, e então ele disse que essa poderia ser a causa do problema”, relata.
Depois de 15 de internação, três deles na UTI, veio a confirmação de que o quadro tinha sido causado mesmo pelo uso do anticoncepcional, que ela usava há cinco anos. A jovem alerta para o perigo de médicos receitarem pílula sem avisar as pacientes sobre os riscos. “Três ginecologistas diferentes, e nenhum me alertou sobre a trombose, mesmo perguntando a respeito, nenhum falou que seria um risco. Não tenho histórico familiar, não sou fumante, e os exames de sangue estavam normais, não tinha predisposição a ter trombose”, destaca.
Risco conhecido
Alguns tipos de anticoncepcionais estão relacionados ao aumento do risco de trombose. Esse risco é bastante conhecido pela medicina, por isso, a prescrição de um contraceptivo deve levar em conta se a mulher tem outros fatores de risco para a doença.
Os anticoncepcionais relacionados ao desenvolvimento do quadro de trombose são os que contêm o hormônio drospirenona. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária já emitiu um alerta para que seja comunicada sobre reações adversas graves com mulheres que tomam este tipo de medicamento. O alerta foi dado após uma pesquisa da agência americana FDA, divulgada em 2011, sugerir um risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos, de trombose venosa e tromboembolia pulmonar. Artigos publicados no British Medical Journal (BMJ) levantaram a mesma questão.
A bula do medicamento Yaz, usado pela jovem de Botucatu, informa sobre a contra-indicação a pacientes que possuem histórico de trombose, enxaqueca e outroas doenças, e traz o seguinte alerta: “Estudos epidemiológicos sugerem associação entre a utilização de COCs e um aumento do risco de distúrbios tromboembólicos e trombóticos arteriais e venosos, como infarto do miocárdio, trombose venosa profunda, embolia pulmonar e acidentes vasculares cerebrais. A ocorrência destes eventos é rara”.
Em nota ao G1, o laboratório Bayer, que fabrica o Yaz, informou que a empresa segue a decisão da Comissão Europeia, que concluiu que “os benefícios dos contraceptivos hormonais combinados na prevenção da gravidez não planejada continuam a superar os riscos e que a possibilidade de tromboembolismo venoso (TEV), associada ao uso de contraceptivos hormonais combinados, é pequena”.
Após receber alta e recuperada do susto, a jovem fez um post no Facebook em que conta o drama que viveu e faz um alerta às mulheres que usam esse tipo de medicamento. Publicado na terça-feira (2), o post viralizou e já acumula 80 mil curtidas e comentários, número que sobe a cada segundo. Seu relato já foi compartilhado mais de 20 mil vezes.
A universitária, que cursa medicina veterinária na Unesp de Botucatu, relata que tudo começou com uma dor de cabeça, que “foi aumentando gradativamente durante três semanas, até ficar insuportável.”
Ela procurou o hospital da cidade, onde a médica receitou analgésicos. Dois dias depois, percebeu que a perna e os braços demoravam para obeceder um comando.
A jovem resolveu faltar à aula e esperar que aquilo, que acreditava ser apenas um mal estarm passasse. “Alguns minutos depois peguei o celular para fazer uma ligação, mas foi muito difícil, fiquei muito tempo olhando para a tela sem saber o que fazer, como se tivesse esquecido como manusear um telefone. Deixei o celular de lado e fui ao banheiro, e para o meu maior desespero não sabia mais usar o banheiro, fiquei olhando pela porta e não sabia mais por onde começar, como isso era possível?”, escreve.
Após ligar para os pais, com ajuda de amigas, ela foi levada para um hospital em São Paulo, onde fez os exames que confirmaram o quadro de trombose. “Foi um choque, não consegui entender bem o que estava acontecendo, o médico me perguntou se eu tomava anticoncepcional, eu disse que sim, há cinco anos, e então ele disse que essa poderia ser a causa do problema”, relata.
Depois de 15 de internação, três deles na UTI, veio a confirmação de que o quadro tinha sido causado mesmo pelo uso do anticoncepcional, que ela usava há cinco anos. A jovem alerta para o perigo de médicos receitarem pílula sem avisar as pacientes sobre os riscos. “Três ginecologistas diferentes, e nenhum me alertou sobre a trombose, mesmo perguntando a respeito, nenhum falou que seria um risco. Não tenho histórico familiar, não sou fumante, e os exames de sangue estavam normais, não tinha predisposição a ter trombose”, destaca.
Risco conhecido
Alguns tipos de anticoncepcionais estão relacionados ao aumento do risco de trombose. Esse risco é bastante conhecido pela medicina, por isso, a prescrição de um contraceptivo deve levar em conta se a mulher tem outros fatores de risco para a doença.
Os anticoncepcionais relacionados ao desenvolvimento do quadro de trombose são os que contêm o hormônio drospirenona. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária já emitiu um alerta para que seja comunicada sobre reações adversas graves com mulheres que tomam este tipo de medicamento. O alerta foi dado após uma pesquisa da agência americana FDA, divulgada em 2011, sugerir um risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos, de trombose venosa e tromboembolia pulmonar. Artigos publicados no British Medical Journal (BMJ) levantaram a mesma questão.
A bula do medicamento Yaz, usado pela jovem de Botucatu, informa sobre a contra-indicação a pacientes que possuem histórico de trombose, enxaqueca e outroas doenças, e traz o seguinte alerta: “Estudos epidemiológicos sugerem associação entre a utilização de COCs e um aumento do risco de distúrbios tromboembólicos e trombóticos arteriais e venosos, como infarto do miocárdio, trombose venosa profunda, embolia pulmonar e acidentes vasculares cerebrais. A ocorrência destes eventos é rara”.
Em nota ao G1, o laboratório Bayer, que fabrica o Yaz, informou que a empresa segue a decisão da Comissão Europeia, que concluiu que “os benefícios dos contraceptivos hormonais combinados na prevenção da gravidez não planejada continuam a superar os riscos e que a possibilidade de tromboembolismo venoso (TEV), associada ao uso de contraceptivos hormonais combinados, é pequena”.
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