Será que os barulhos ou estalos dos lábios das pessoas quando estão comendo realmente te incomodam? Talvez você odeie ir ao cinema porque pessoas mastigando pipoca do seu lado te fazem querer rastejar para dentro de um buraco. Ou talvez apenas o som de alguém mastigando chiclete te irrite profundamente.
Se você pode se identificar, relaxe. Você pode ter aumentado a sensibilidade a certos ruídos, uma condição diagnosticável chamada misofonia. Há algumas boas notícias associadas com esta condição.
Cientistas da Universidade de Northwestern descobriram que as pessoas hipersensíveis a sons particulares tendem a ser mais criativas do que aquelss que não são.
Sim, você leu certo. Se você fica irritado por barulhos de mastigando, provavelmente é um gênio. Quanto mais raiva você sente da incapacidade das pessoas de mastigarem calmamente, mais probabilidade de ser um gênio você tem.
Como a misofonia está ligada à criatividade
Em seu estudo, o pesquisador da Universidade Northwestern entrevistou 100 participantes que foram convidados a responder o máximo de perguntas possível sobre cenários improváveis dentro de um período de tempo limitado. Os pesquisadores monitoraram como os participantes reagiram a uma série de ruídos, e, em seguida, pediu que preenchessem um questionário de Conquista de Creativdade antes de tirar suas conclusões.
De acordo com os autores do estudo, as respostas dos participantes “revelaram uma forte ligação entre aqueles com as respostas mais criativas e sua sensibilidade ao ruído de fundo.”
Darya Zabelina, pesquisadora-chefe do estudo, explica:
“A propensão para filtrar ou ignorar informações sensoriais… acontece cedo e involuntariamente no processamento do cérebro, podendo ajudar as pessoas a integrarem ideias que estão fora do foco de atenção, levando à criatividade no mundo real.”
Curiosamente, os pesquisadores também analisaram os hábitos dos “gênios criativos”, como Charles Darwin, Anton Chekhov e o romancista Marcel Proust para comparar seus resultados. Eles descobriram que muitas dessas pessoas altamente criativas também tinham uma forte aversão a ruídos de fundo. Proust, escreveram eles, tinha uma aversão tão forte para ruídos que cobriu “o seu quarto com cortiça para bloquear o ruído enquanto trabalhava.”
Darwin, Chekhov e Johan Goethe também lamentavam fortemente a natureza do ruído perturbador. Mesmo Franz Kafka, um dos romancistas mais influentes do século 20, teria dito: “Eu preciso de solidão para a minha escrita; não ‘como um eremita’ – pois não seria suficiente -, mas como um homem morto “.
Então, da próxima vez em os barulhos de mastigação estiverem te perturbando, respire fundo e lembre-se que você é mais criativo, e provavelmente também mais inteligente.
Lidar com comedores ruidosos
Você imagina que adultos saberiam melhor a forma certa de mastigar, mas é óbvio que nem todo mundo é bem-educado ou atencioso como você gostaria. Isso significa que as pessoas criativas, aquelas com misofonia não lidam com isso facilmente.
Se, no entanto, o estalar os lábios das pessoas te incomoda muito, você precisa aprender a lidar com isso. Você não pode fazer todos mudarem a maneira como comem só porque te incomoda.
Pawel Jastreboff, que é creditado com a cunhagem do termo misofonia, tem ajudado as pessoas com misofonia, ensinando-lhes a associarem experiências positivas com sons irritantes da boca, reduzindo gradualmente as emoções negativas de quem as sente.
A técnica de Jastreboff funciona mais de 80% do tempo.
_________
Traduziido pela Equipe de O SEGREDO
Fonte: LifeHack
Deixar uma resposta